TPH (Total de Hidrocarboneto de Petróleo)

A análise do parâmetro TPH (Total de hidrocarboneto de petróleo) tem como objetivo verificar as concentrações de hidrocarbonetos de petróleo e afins em matrizes ambientais.

TPH abrange compostos voláteis (VPH) como não voláteis (EPH), sendo que cada um dos grupos pode se dividir em alifáticos e aromáticos, e dentro destes, por faixa de carbonos.

O método mais comumente utilizado para determinação de TPH em matrizes ambientais é o EPA 8015 por GC-FID (Cromatografia Gasosa – Detector de Ionização de chama), e a preparação para análise dos compostos não voláteis envolve a extração de todos os compostos orgânicos presentes na amostra, com um solvente para posterior análise cromatográfica. No caso da análise da fração mais volátil, esta é preparada usando um headspace e analisada em um cromatógrafo gasoso com detector GC/MS.

A seleção do método varia conforme o objetivo do projeto, atualmente a Eurofins realiza os seguintes métodos de TPH: TPH Total, TPH Finger Print, TPH por faixas, TPH GRO, TPH-DRO, TPH-ORO e TPH fracionado tanto para as matrizes de água quanto solo.

As classificações podem ser dadas em função do número de átomos de carbono de uma determinada faixa, normalmente relacionada a produtos derivados de petróleo, como por exemplo GRO (faixa da Gasolina C6-C10) ORO (Faixa do óleo C20 a C36) e DRO (Faixa do diesel C10 a C28).

Definições:

TPH GRO: Faixa da gasolina, abrange os compostos voláteis de C6 a C10, analisada por GC/MS

TPH DRO: Faixa do diesel, corresponde à faixa >C10 até C28, analisada por GC FID

TPH ORO: Faixa do óleo lubrificante, corresponde a faixa de C19 a C39, analisada por GC FID

TPH Total: Considera todas as faixas, exceto os compostos voláteis C8 a C40, analisada por GC FID

TPH Finger Print: Considera a faixa de C8 a C40, analisado por GC FID, nessa análise o objetivo é caracterizar seu potencial fonte de contaminação, fornece mais informações como n-alcanos individuais da amostra, pristano, fitano MCNR e HRP, geralmente é enviado ao cliente também a comparação do perfil cromatográfico da amostra indicando a possível fonte de contaminação.

MCNR (Mistura Complexa não resolvida): Hidrocarbonetos que não são resolvidos do ponto de vista da cromatografia, causando o aumento da linha de base ( “morro cromatográfico” formado por coeluição de muitos compostos), a quantificação da MCNR é dada pela área de compostos não resolvidos do cromatograma.

HRP (Hidrocarbonetos Resolvidos de Petróleo): São os hidrocarbonetos resolvidos de petróleo pela cromatografia, são quantificados a partir da sobreposição de um padrão conhecido sobre o cromatograma da amostra. A quantificação desses compostos (n-alcanos) é um indicador de produto pouco degradado, ou seja, uma contaminação recente.

Relação Pristano e Fitano: Esses compostos são hidrocarbonetos isoprenóides presentes em derivados de petróleo. Existem vários usos para essas moléculas, porém no caso da análise de TPH ele é um indicador de degradação do derivado de petróleo. Esses compostos são extremamente resistentes a degradação, portanto se os resultados de pistano e fitano da amostra forem menores que seus respectivos Carbonos C17 e C18 indica uma contaminação recente, sem muita degradação, caso os resultados de pristano e fitano forem maiores que os carbonos C17 e C18, indica uma contaminação antiga e com maior grau de degradação.

TPH Fracionado: É a análise mais completa que envolve todos os tipos de TPH, tanto dos Hidrocarbonetos Voláteis, quanto dos extraíveis, é utilizado para simulação de risco de áreas contaminadas com hidrocarbonetos. São analisadas as faixas de C6 a C32. Atualmente houve alterações nas faixas EPA a serem reportadas a CETESB, a Eurofins atende essas faixas e são reportadas conforme abaixo:

Nossos Limites de Quantificação (LQ) simplificados, mas pode ser consultado cada faixa em nosso Escopo de Acreditação CRL 0267